DE Allamanda cathartica L. POR ESTACAS
EM DIFERENTES SUBSTRATOS
Aline Carvalho de Lucena
1
, Allysson Lyra Costa
2
, Thaisa Antão Carneiro
3
, Bruno Cavalcanti Farias
4
e
Vivian Loges
5
.
Introdução
A utilização da reprodução vegetativa na floricultura
assumiu um papel cada vez mais relevante para a
obtenção de mudas mais precoces e uniformes. A
estaquia é um método é um dos métodos de
propagação de plantas mais utilizados.
Dentre as características que se espera de um bom
substrato, pode-se citar propriedades físicas e químicas
conhecidas e constantes, baixa densidade, boa
capacidade de retenção de água, boa capacidade de
aeração, boa drenagem, elevada capacidade de troca
cátions, não alterar propriedades físicas e químicas
quando submetidos à esterilização, não se alterar
quando armazenado, ser livre de pragas e doenças, bem
com de propágulos de plantas daninhas, ser um meio
preferencialmente estéril, não ser salino, não de conter
substancias tóxicas, ser inodoro, ter valores de pH
próximo da neutralidade, ser uniforme em toda a sua
extensão, de fácil manuseio, ser facilmente encontrado,
adequado ao cultivo de varias espécies, disponível em
grandes quantidades e a baixo custo (KÄMPT,2000
[1]; SALVADOR,2000 [2];WEDLING et al.,2002 [3]).
Allamanda cathartica L. (Apocynaceae) é
frequentemente cultivada em jardins, para a
composição de renques e formação de cercas vivas;
trata-se de uma trepadeira bastante conhecida e
utilizada no paisagismo no Brasil; conhecida como
alamanda, alamanda amarela e dedal-de-dama
apresentam flores vistosas amarelo-ouro, praticamente
o ano inteiro e ciclo perene; sua folhagem é também
bastante ornamental composta por folhas verdes e
brilhantes; outra característica e que ela deve ser
cultivada em pleno sol, em solo fértil e com regas
regulares, alem da função ornamental, serve para
destacar ou chamar a atenção de detalhes
arquitetônicos, como cobrir muros ou paredes de
aspecto desagradável, formar pergolados ou
caramanchões, separar um ambiente do outro, alcançar
locais altos e distantes nos quais não existe terra para o
seu cultivo e substituir os arbustos em locais muito
estreitos ou com espaço insuficiente para o seu
desenvolvimento (Lorenzi &Souza, 2001 [4]).
A alamanda é de crescimento moderado, adapta-se
bem a todos os Estados brasileiros, mas preferi calor;
multiplica-se principalmente por estaquia de caule e
apresenta altas taxas de regeneração sob o sistema de
nebulização, mesmo sem uso de indutores adequados
de enraizamento, porém demora muito a formar mudas
com dimensões adequadas a maior demanda do
mercado (Lorenzi & Souza, 2001 [4]).
Em função da importância do substrato para o
enraizamento de estacas, este trabalho teve como
objetivo identificar qual o melhor substrato para o
enraizamento de estacas de Allamanda cathartica.
Material e métodos
O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação
do Departamento de Agronomia da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, nos meses de maio a
junho de 2010. De cada ramo herbáceo da planta
matriz foram retiradas quinze estacas com dez a quinze
cm de comprimento, salientando a presença de três
gemas cada. Todas as estacas foram preparadas com
um corte em bisel
As estacas foram plantadas em copos descartáveis
com um volume de 400 cm³, utilizado diferentes
substratos os quais foram: areia, solo+compostagem e
fibra de coco. O delineamento utilizado foi o
inteiramente casualizado com três tratamentos com dez
repetições; e em seguida colocadas em casa de
vegetação por um mês. Após 30 dias procedeu-se a
observação das seguintes variáveis: número de
brotações na parte aérea e maior enraizamento.
Resultados e Discussão
De acordo com os resultados observados para a
cultura da Allamanda cathartica L. o melhor
desempenho do enraizamento de estacas ocorreu no
tratamento com areia, onde foi observado o maior
enraizamento e brotações e uma menor taxa de
mortalidade.
1. Primeiro Autor é aluna de Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco do Departamento de Agronomia na área de fitot ecnia, Rua
Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 52171-900.
2. Segundo Autor é aluno de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua, Dom Manoel de Medeiros, S/n, Dois Irmãos, Recife - PE,
CEP 52171-900.
3. Terceiro autor é aluna de Agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco do Departamento de Agronomia na área de fitotecnia, Rua
Dom Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 52171-900.
4. Quarto Autor é aluno de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua, Dom Manoel de Medeiros, S/n, Dois Irmãos, Recife - PE,
CEP 52171-900.
5. Quinto Autor é Professora Adjunta do Departamento de Agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua, Dom Manoel de Medeiros,
S/n, Dois Irmãos, Recife - PE, CEP 52171-900.
Desta forma, o substrato mais adequado para o
enraizamento de estacas dessa espécie deve conter as
mesmas características da areia, que são maior
porosidade total, boa aeração, alta quantidade de
sólidos e pouca água remanescente. Os tratamentos
com fibra de coco apresentaram resultados medianos.
Agradecimentos
Aos professores da graduação e a Universidade
Federal Rural de Pernambuco pela disponibilização da
infra-estrutura para realização do trabalho.
Referências
[1] KÄMPT, A. N. Produção comercial de plantas ornamentais.
Guaíba: Agropecuária, 2000. 254 p.
[2] SALVADOR, E. D. Caracterização física e formulação de
substratos para o cultivo de algumas ornamentais. 2000. 148 f.
Tese (Doutorado em Agronomia) - Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo,
Piracicaba, 2000.
[3] WEDLING, I.; GATTO, A.; PAIVA, H. N. Substratos,
adubação e irrigação na produção de mudas. Viçosa: Aprenda
Fácil, 2002. 166 p.
[4] Lorenzi, H.; Souza, H. M. Plantas ornamentais no Brasil: Arbustas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Platanum 3.ed.
2001. 1088p. Tabela 1. Número de estacas enraizadas, estacas vivas sem enraizamento e mortas em função do tipo de substrato utilizado.
Tratamento Estacas enraizadas Estacas em enraizamento Estacas mortas
Areia 9 1 -
Solo+compostagem 7 - 3
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