UIRAPURU
CARACTERÍSTICAS
Existem várias aves da mesma família e do gênero Pipra que são até chamadas de uirapurus. O Uirapuru Verdadeiro é um pássaro pequeno de 10cms e suas penas são entre o avermelhado e o marrom claro. Tem um bico forte, pés grandes e manchas brancas na cabeça. Veja só como as aparências enganam... um pássaro tão simples, com um jeitinho comum, que canta de maneira maravilhosa. Pois é, o canto do uirapuru é tão famoso que ele é chamado de músico da mata ou de corneta.
ONDE VIVE?
No Brasil, em toda região amazônica, menos no alto do rio Negro e a leste do rio Tapajós. Seus locais preferidos são sempre em terra firme nas florestas úmidas.
Alimentação
Eles gostam de comer frutas mas também comem insetos e aranhas. É um bicho esperto, porque quando as formigas saem dos formigueiros fazendo uma correição, (quando sai uma fileira de formigas correndo e espantando todos os insetos no caminho), o uirapuru vai atrás delas, porque sabe que vai dar para fazer um banquete com os insetos que elas desentocam.
HÁBITOS
O uirapuru gosta viver nas partes baixas das árvores, no meio da folhagem. É agitado e anda sozinho ou acompanhado do seu par. Ele às vezes pode estar acompanhando outras espécies de pássaros só porque fica mais fácil arranjar comida.
Reprodução
O uirapuru é muito discreto para construir sua casa, ou melhor, fazer o seu ninho. Eles procuram escondê-lo entre as folhagens e constroem o ninho com raízes e folhas. O tão famoso canto do uirapuru, só acontece na época em que constrói o ninho, entre os meses de outubro e novembro. Na verdade, o canto é lindo, parece uma flauta e você poderá ouvi-lo na Internet, procure no final do livro nossas ligações externas. Tanto o macho como a fêmea canta, mas o macho canta melhor, o canto dura entre cinco e dez minutos em geral ao amanhecer e ao entardecer. Contam que quando o uirapuru canta, todos os outros pássaros da mata silenciam, para ouvir o seu canto maravilhoso.
Predadores
Esse pássaro está sofrendo com o desmatamento causado pelo homem.
Lendas
· "Um pássaro de canto perfeito é atingindo por uma flecha de uma moça apaixonada e se transforma em um belo guerreiro. Cheio de inveja, um perverso feiticeiro toca uma bela canção em sua flauta encantada e faz com que o rapaz suma. A partir daí, só a maravilhosa voz do guerreiro permaneceu na mata. É raro observar o uirapuru, entretanto frequentemente seu canto é ouvido na mata."
· " Havia uma tribo de índios, onde duas índias lindas amavam o cacique. Com dúvida em qual escolher, o cacique prometeu casar-se com aquela que tivesse melhor pontaria, então propôs um desafio: a índia que acertasse a flecha no alvo seria sua amada. Apenas uma das índias acertou a flecha no alvo. A vencedora se casou com o cacique, a outra, triste, pediu ao deus dos índios, Tupan, que a transformasse em um pássaro para poder observá-los discretamente e hoje, dizem que o homem que obtiver uma pena terá sorte nos negócios e com as mulheres. A mulher que conseguir um pedaço do ninho terá a pessoa que ama apaixonada e fiel pelo resto da vida. Quem ouvir o canto deverá fazer um pedido, que será rapidamente realizado."
OUÇA O CANTO DO UIRAPURU
ROUXINOL
O rouxinol (Luscinia megarhynchos) ou filomela (do grego Philomêla, "amiga dos rebanhos") é um passarinho da família dos Muscicapideos, restrito ao Velho Mundo. Seu nome em português vem do provençal antigo roussinhol, derivado do latim vulgar lusciniolus. No Brasil, não existe o verdadeiro rouxinol europeu, mas o nome de rouxinol é dado a aves nativas como o corrupião (Icterus jamacaii croconotus) e encontro (Icterus cayanensis); no Maranhão, à cambaxirra (Troglodytes aedon) e na Bahia, ao garrinchão-de-bico-grande (Thryothorus longirostris).
CARACTERÍSTICAS
O rouxinol tem uma plumagem discreta, acastanhada e mortiça. Os adultos são castanho-avermelhados na parte superior, cor que se funde com tons creme na parte inferior. Os juvenis são mais claros na parte superior e apresentam um escamado na parte inferior. Têm olhos grandes e pretos, realçados por um fino anel branco. A cauda é castanha-avermelhada, alongada e arredondada e as patas são longas e robustas. Mede 16 a 17 cm e pesa 18 a 27 gramas. O macho é um excelente cantor, com extenso repertório, com trinados fluidos terminando em crescendo. É normalmente ouvido depois do escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite , quando seu canto se torna mais notável pela ausência de outros pássaros canoros, mas também se ouve com frequência durante o dia. Fica quase sempre oculto pela vegetação, embora por vezes o macho se empoleire a descoberto para cantar.
HABITAT
Frequenta charnecas, matas, bosques, parques e jardins. Visita toda a Europa no verão (salvo o extremo norte) e migra para a África, até à latitude do norte de Angola, de julho-agosto a março-abril. Encontra-se também em toda a Ásia, migrando no inverno para sul.
ALIMENTAÇÃO
Passa muito tempo no solo em busca de alimento, principalmente insetos que captura no solo ou na vegetação baixa. Por vezes come também bagas. É uma ave solitária, exceto na época de reprodução, em que os casais se juntam até as crias se tornarem autônomas.
REPRODUÇÃO
A fêmea põe 4 a 5 ovos azuis claros com manchas avermelhadas, numa só postura entre maio e junho que são incubados pela fêmea durante 13 a 14 dias. O ninho em forma de taça, é feito num arbusto baixo ou mesmo no solo, quase nunca acima de 30 cm. As crias têm a penugem completa ao fim de 11 dias, mas só se tornam independentes ao fim de mais 3 semanas.
OUÇA O CANTO DO ROUXINOL
CARACTERÍSTICAS
O curió é uma ave passeriforme da Família Emberizidae, conhecido também como avinhado, bicudo e peito-roxo (Pará). Seu nome científico denota um erro, pois é uma ave encontrada exclusivamente nas Américas. O curió é muito estimado por seu canto, por isso é um dos pássaros canoros mais caçados e engaiolados por criadores. Seu nome, na linguagem indígena, significa “amigo do homem”. Mede 13cm de comprimento. Sendo que o macho é preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na parte inferior, a parte interna das asas na cor branca.
Muito procurado como pássaro de gaiola. Esta é considerada a principal ameaça e causa de seu desaparecimento das regiões mais habitadas do país. É considerado Criticamente em Perigo no Estado de Minas Gerais, conforme a Lista Vermelha estadual. O homem vem reduzindo seu habitat natural, caçando-o impiedosamente e fazendo desse pássaro um verdadeiro ícone de disputas de canto e de comércio desenfreado, que funciona nos meandros e muitas vezes na marginalidade das leis de proteção ambiental, beirando a imoralidade gananciosa e permissiva. Atualmente o curió, assim como muitos outros pássaros brasileiros, encontra-se ameaçado de extinção, em decorrência da caça e comercialização que visam o mercado dos criadores ilegais e da destruição de seus ambientes naturais.
Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes em especial a semente do capim navalha, subindo nos pendões de capim ou catando-as no chão.
Faz um ninho de paredes finas, em formato de xícara. Põe 2 ovos branco-esverdeados com muitas manchas marrons e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 30 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho. Atingem a maturidade após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão.
Vive solitário ou aos pares, normalmente separado de outras espécies de pássaros, embora às vezes possa misturar-se a bandos de Sporophila e tizius.
É comum em capoeiras arbustivas, clareiras com gramíneas, arbustos nas bordas de florestas altas e pântanos, penetrando também nas florestas.
Encontra-se distribuído em quase todo território nacional, de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, passando por estados da região Centro-Oeste. Encontrado também do México ao Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.
OUÇA O CANTO DO CURIÓ
Ave símbolo do Brasil, o sabiá-laranjeira, também conhecido como sabiá-amarelo, sabiá-vermelho ou de peito-roxo é uma ave popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor ou seja, a primavera. Foi imortalizado na “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, juntou-se oficialmente aos outros quatro símbolos nacionais – a bandeira, o hino, o brasão de armas e o selo, tendo a mesma importância deles na representação do Brasil em 3 de outubro de 2002, por decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo o ornitólogo Johan Dalgas Frisch, são 12 as espécies de sabiás no Brasil, sendo que o pássaro assume outras denominações em regiões diferentes. Assim, ele tanto pode ser caraxué (Amazonas), sabiá-coca (Bahia), sabiá-laranja (Rio Grande do Sul) e ainda sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-ponga e sabiá-piranga em lugares diferentes. No Brasil podem ser encontradas outras espécies de sabiá, tais como: sabiá-una, sabiá-barranco, sabiá-poca, sabiá-coleira, sabiá-do-banhado, sabiá-da-praia, sabiá-gongá, sabiá-do-campo entre outros.
CARACTERÍSTICAS
Mede 25 centímetros de comprimento e pesa, o macho 68 gramas, a fêmea: 78 gramas. Tem plumagem parda, com exceção da região do ventre, destacada pela cor vermelho-ferrugem, levemente alaranjada, e bico amarelo-escuro.
É ave de canto muito apreciado, que se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea. A fêmea também canta, mas numa frequência bem menor que o macho. O canto do sabiá-larajeira é parcialmente aprendido, havendo linhagens geográficas de tipos de canto, e se a ave conviver desde pequena com outras espécies, pode ser influenciada pelo canto delas e passar a ter um canto “impuro”.
Sua nutrição se compõe basicamente de insetos, larvas, minhocas, e frutas maduras, incluindo frutas cultivadas como o mamão, a laranja e o abacate. Come coquinhos de várias espécies de palmeiras e de espécies introduzidas, como o dendê. Cospe os caroços após cerca de 1 hora, contribuindo assim para a dispersão dessas palmeiras, comportamento apresentado também por outros sabiás. Ração de cachorro também atrai esta espécie, podendo servir de alimento em cidades grandes com menor disponibilidade de alimentos naturais. Aprecia os frutos do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa).
Pode fazer seu ninho - uma tigela profunda de argila e folhas secas - em beirais de telhados. A construção de ninhos pode se tornar confusa em certas ocasiões: quando o local escolhido é formado por vãos entre numerosos suportes iguais de um telhado, o sabiá-laranjeira pode construir vários ninhos ao mesmo tempo, por confundir os vãos. Macho e fêmea constroem o ninho juntos utilizando gravetos, fibras vegetais e barro, onde a fêmea coloca de 3 a 4 ovos, de coloração verde-azulados com pintas (ou manchas) cor de ferrugem (sépia). O período de incubação dura em torno de 14 dias.
É comum em bordas de florestas, parques, quintais e áreas urbanas arborizadas. Vive solitário ou aos pares, pulando no chão. Em regiões mais secas é de certa forma, restrito a áreas próximas à água. É uma ave que convive bem com ambientes modificados pelo homem, seja no campo ou na cidade, desde que tenha oportunidades de encontrar abrigo e alimento. Na natureza, é encontrado em casais e grupos familiares quando em processo de criação. É uma ave de ambientes abertos, preferindo viver em bordas de matas, pomares, capoeiras, entorno de estradas, praças e quintais, sempre por perto de água abundante. É um pássaro territorial: demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie. Começa a cantar antes mesmo de clarear o dia. O sabiá-laranjeira vive em torno de 30 anos.
Presente do Maranhão ao Rio Grande do Sul, é o sabiá mais conhecido do Sudeste, sendo menos numeroso no Nordeste. Migra para regiões mais quentes no inverno. Encontrado também na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
OUÇA O CANTO DO SABIÁ LARANJEIRA
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