domingo, 2 de dezembro de 2012

CULTURA INTENSIVA DE LEGUMES


PARCELAS DE CULTURA INTENSIVA DE LEGUMES


Uma parcela de cultura intensiva de legumes permite cultivar, umas após outras, várias qualidades de legumes ou outras culturas de folha, em canteiros bem fertilizados. Uma parcela bem organizada pode fornecer legumes frescos a uma família durante todo o ano. Se houver água suficiente, uma área de 30 a 40 m2 é suficiente para produzir a maioria dos legumes de folha frescos necessários à maior parte das famílias.
Uma boa planificação da parcela é indispensável para assegurar a plantação e a colheita. Os legumes de ciclo curto, como o amaranto, podem estar prontos 1 mês depois da sementeira, mas uma família não pode colhê-los mais do que duas ou três vezes antes de semear de novo. Outros legumes de folha, nomeadamente uma variedade de couve verde cultivada de estaca, e as folhas de mandioca, estão prontos para consumo 2 meses após a plantação e podem abastecer a família durante um 1 ou 2 anos.
O horticultor deve planificar bem a plantação das diferentes culturas, prevendo os períodos de escassez e os períodos em que o excedente poderia ser desperdiçado, se a família não conseguir consumir, transformar ou vender toda a colheita.
ORGANIZAÇÃO DE UMA PARCELA DE CULTURA INTENSIVA DE LEGUMES
Para organizar uma parcela de cultura intensiva de legumes, os horticultores devem seguir as seguintes etapas.
Primeira etapa
Dividir a parcela em quatro canteiros de plantação com cerca de 5 m de comprimento e 1 m de largura, cada um deles destinado a uma planta de raízes comestíveis ou a um legume diferente. Fazer os canteiros o mais largos possível, deixando uma passagem à volta de cada parcela para facilitar o acesso durante a plantação, o cultivo e a monda.
Segunda etapa
Preparar bem o solo. Remover a terra com a parte aguda de uma enxada até ficar fina e solta. Misturar-lhe um pouco de bom composto ou estrume (cerca de 5 kg de composto por m2). A quantidade exacta de composto ou de estrume depende largamente do tipo de solo da horta e do tipo de estrume adicionado. Os excrementos de aves de capoeira ou do porco são mais concentrados do que os de vaca, daí a necessidade de ajustar a quantidade, conforme os casos.
Terceira etapa
Durante a estação das chuvas ou nas terras húmidas, preparar canteiros sobrelevados (até cerca de 20 cm de altura) adicionando terra fina. Preparar igualmente os leitos inundáveis para plantações na estação seca. Utilizar camalhões e sulcos para as plantas de raízes comestíveis e para os tubérculos. Prevenir uma boa drenagem e um bom abastecimento de água.
Quarta etapa
Proceder à sementeira ou à plantação mas, antes de os rebentos começarem a sair da terra, instalar uma cerca à volta da parcela para a proteger dos animais à solta.
FIGURA 1
Parcela de cultura intensiva de legumes
ESCOLHA DAS CULTURAS
A escolha das culturas depende de vários critérios. É importante saber se uma dada cultura pode fornecer um alimento nutritivo diariamente, e se se trata de um alimento que a família aprecia. Outros critérios são igualmente importantes:
  • clima;
  • solo;
  • recursos hídricos;
  • disponibilidade de sementes e material de plantação;
  • possibilidade de praticar culturas intercalares.
Lembre-se de que as plantas altas e as plantas rasteiras podem ser cultivadas conjuntamente num sistema de cultura em diferentes níveis, como por exemplo o feijão enrolado em tutores de abóbora, ou beringelas sobre batata-doce. Planifique o calendário de plantação de acordo com o período de crescimento de cada tipo de legume (ver o Quadro 1). Os legumes que podem ser colhidos na mesma época devem ser cultivados no mesmo lugar. Uma outra solução consiste em cultivar alternadamente legumes-fruto (por exemplo, tomate, beringela, milho, malaguetas) com os legumes-folha ou legumes-raiz (por exemplo, amaranto, matabala, mandioca), de modo a que os legumes-folha ou os legumes-raiz não sejam danificados quando se colhem os legumes-fruto.
QUADRO 1
Características da cultura de alguns legumes
Cultura
Multiplicação
Pronto para colheita(número de dias após a plantação)
Partes consumidas
AbóboraSementes80Frutos, folhas, sementes
AmarantosSementes30Frutos, folhas
BatataTubérculos100Tubérculos
Batata-docePodas90Folhas, tubérculos
BeringelaSementes90Folhas, frutos
CebolaBolbos, rebentos, sementes90Bolbos, folhas
Couve verdeSementes e podas60Folhas
Feijão-congoSementes90Folhas, vagens, sementes
MalaguetaSementes90Frutos
MatabalaRizomas150-360Tubérculos, folhas
MululuPodas60Frutos, folhas
QuiaboSementes50Frutos, folhas
TomateSementes90Frutos
UseSementes40Folhas, vagens, semente
SEMENTEIRA OU PLANTAÇÃO
Conforme indicado no Quadro 1, podem utilizar-se diferentes tipos de sementes ou de material de plantação para a multiplicação dos legumes. As sementes de pequenas dimensões, como as de tomate, de repolho, de couve verde ou de amaranto, devem ser semeadas em linha e ligeiramente cobertas de terra. Os rebentos devem ser limpos depois de emergirem. Uma outra solução consiste em fazer germinar as sementes pequenas em canteiro de sementeira ou num viveiro e depois transplantá-las para o canteiro da horta. Para utilizar o mínimo de espaço de terra, as plantas transplantáveis podem ser criadas em tabuleiros feitos de materiais locais. Ver a Rubrica Tecnológica de Horticultura 16, "Técnicas de multiplicação das plantas".
As sementes de maiores dimensões (como por exemplo as de feijão ou de abóbora) podem ser plantadas directamente no local definitivo. Se não houver árvores à volta do talhão de legumes, proteger as plântulas do sol durante a primeira semana. Depois de despontarem, cubra o canteiro com folhagem seca de protecção para impedir o crescimento das ervas daninhas e para evitar o aquecimento do solo que pode secar as plantas.
A NOVA CULTURA
As plantas da mesma família não devem ser cultivadas no mesmo lugar mais do que dois anos seguidos, para não favorecer o desenvolvimento de pragas e de doenças através do solo. O Quadro 2 enumera os principais grupos de plantas que devem ser cultivadas num canteiro diferente depois de uma ou duas colheitas. É preferível fazer uma cultura de leguminosas antes de cultivar plantas de outra família, uma vez que enriquecem o solo de azoto. Ver a Rubrica Tecnológica de Horticultura 12, "Cultura múltipla".
QUADRO 2
Legumes da mesma família
Doces amargas
Cucurbitáceas
Leguminosas
BatataAbóborasAmendoim
Batata-doceMelãoFeijão
BeringelaPepinoFeijão-bambara
Malagueta
Feijão-nhemba
Pimento doce
Soja
Tomate

RUBRICA TECNOLÓGICA DE HORTICULTURA 16: TÉCNICAS DE MULTIPLICAÇÃO DAS PLANTAS
Um viveiro na horta permite produzir plântulas para todas as parcelas da quinta familiar. Quando o viveiro se situa no interior da horta, próximo de um ponto de água, as plântulas e as podas podem ser regadas regularmente e protegidas contra pragas e doenças. Para certos tipos de plantas, as plântulas sobrevivem geralmente melhor quando são transplantadas no campo em vez de serem aí semeadas directamente. Um viveiro deve ser sempre bem vedado para impedir a entrada dos animais.
MULTIPLICAÇÃO DAS PLANTAS
A multiplicação das plantas pode ser feita a partir de sementes (por exemplo, tomate, feijão-nhemba, feijão) ou de partes da raiz, tubérculo, bolbo, ramo superior ou haste. Estas diferentes partes de uma planta constituem os materiais de plantação. A mandioca, a batata-doce, o inhame e outras culturas são plantados utilizando material de plantação.
As plantas formadas a partir de sementes podem diferir de algum modo da planta mãe. Em contrapartida, as plantas reproduzidas a partir de material de plantação têm as mesmas características da planta mãe, à excepção das modificações devidas às condições de cultura.
Sementeira
Algumas sementes podem ser semeadas directamente no seu local definitivo, enquanto outras são semeadas em viveiro sendo depois as plântulas transplantadas para o local definitivo. As sementes pequenas, como as de tomate, de amaranto, de couve ou de colza, devem primeiro germinar em canteiros de sementeira e ser depois transplantadas para o canteiro da horta. As sementes maiores, como as de feijão ou de abóbora, são plantadas directamente na horta. Sementes muito grandes, como as de feijão, amendoim ou de milho, devem ser plantadas em covas pequenas e pouco profundas. As podas, os bolbos, os tubérculos e os rizomas (caules subterrâneos) podem ser plantados directamente no seu local definitivo. As sementes de árvores de fruto e de árvores de frutos secos devem ser criadas em canteiros de sementeira ou tabuleiros de germinação e, em seguida, transplantadas.
Para preparar o solo para a plantação, misturar o solo do viveiro com composto. O composto a utilizar num viveiro deve ser esterilizado, conforme descrito na Rubrica Tecnológica de Horticultura 6, "Técnicas especiais para melhorar a gestão do solo e da água". A quantidade de composto a juntar depende da fertilidade do solo da horta. Se o solo for muito pobre, junte 1 parte de composto para 1 parte de solo.
O solo dos canteiros de sementeira deve ser bem preparado e não deve ter nem bocados de lenha nem pedras. Deve ser sobrelevado cerca de 15 cm em relação ao resto do terreno.
Misturar um pouco de areia no solo para facilitar a drenagem e evitar o aparecimento de fungos. Calcar bem a terra com uma tábua plana, e depois fazer regos pouco fundos. Semear nos regos e cubra ligeiramente as sementes com terra. Regra geral, as sementes devem ser semeadas a uma profundidade não superior ao seu tamanho. Dar firmeza ao solo caminhando sobre uma tábua colocada sobre o solo (ver a Figura 1) e, finalmente, espalhar uma fina camada de folhagem seca de protecção sobre o solo e regar o canteiro de sementeira.
Os dois tipos de plantas (isto é, as que são semeadas directamente na horta e as que são criadas em viveiro e mais tarde transplantadas) devem ser seleccionadas, ou seja, é preciso retirar as plantas com defeitos no início do seu desenvolvimento ou no momento da transplantação. Esta selecção pode também fazer-se quando se limpam as plantas. As plantas saudáveis que ficam devem ficar suficientemente espaçadas de modo a produzirem uma boa colheita.
Uma sombra leve, fornecida por um material local adaptado ou por ramos de palmeira, por exemplo, pode proteger as plântulas do sol muito forte e impedir os pássaros e os animais de se aproximarem (ver a Figura 2). Devem-se evitar as águas estagnadas; assim, quando regar, em vez de deitar a água directamente por cima das plantas, salpique levemente utilizando um ramo de erva ou um recipiente perfurado, como por exemplo uma cabaça ou uma lata.
Criação de plântulas em recipientes
As plântulas podem também criar-se em recipientes feitos de folhas de banana, com canas ou com qualquer outro material de cestaria, assim como em sacos de polietileno (como por exemplo no caso da palmeira dendém). Assim, torna-se mais fácil deslocar os recipientes em caso de necessidade, a fim de proteger as plântulas contra uma chuvada torrencial ou um sol escaldante, ou por qualquer outra razão de ordem ambiental. As plântulas são igualmente mais fáceis de transportar se tiverem de ser transplantadas num local distante.
Para preparar um recipiente de plantação, misturar terra com composto ou com um pouco de fertilizante, e colocar a mistura no recipiente. Assegure-se de que o recipiente é suficientemente grande para permitir o crescimento das raízes sem estas ficarem apertadas. Uma plântula pega melhor se as suas raízes se tiverem desenvolvido em comprimento e em profundidade.
Transplantação de plântulas
Durante a transplantação é preciso ter atenção a que as raízes da planta sejam o menos danificadas possível. Devem eliminar-se as plantas com raízes distorcidas ou dobradas. Deve utilizar-se uma estaca para arrancar as plântulas, procurando trazer a maior quantidade possível de terra agarrada. A cova de plantação deve ser suficientemente profunda para acomodar as raízes da planta. Por vezes, podem-se cortar as raízes mais compridas, mas não se devem dobrar nem torcer (ver a Figura 3).
FIGURA 1
A sementeira
FIGURA 2
Um canteiro de sementeira sombrio
FIGURA 3 
Transplantação de plântulas de legumes
1. Escolha um dia nublado
2. Desenterre as plantas cuidadosamente
3. Não danifique as raízes
4. Proteja as plantas do sol e regue-as
A MULTIPLICAÇÃO VEGETATIVA
A multiplicação através de podas
A multiplicação através de podas é o modo mais corrente de multiplicação vegetativa. As podas podem ser obtidas a partir de raízescaules ou folhas, assim como de rebentos e brotos. Uma poda é uma parte de um tronco ou ramo de uma planta que possui diversos rebentos. A parte da planta retirada, assim como a sua robustez, varia segundo o tipo de planta. Por exemplo, as podas para a multiplicação da batata-doce devem estar ainda verdes e tenras, enquanto as podas para a multiplicação da mandioca devem estar bem desenvolvidas (ver as Figuras 4 e 5). As podas de árvores são geralmente lenhosas.
As podas devem ser retiradas das melhores plantas e ficar no viveiro até à formação de novas raízes ou rebentos (2 a 4 semanas). Utilize uma faca afiada para cortar as podas. As podas devem ser sempre plantadas em solo arenoso para assegurarem uma boa drenagem, devendo ser regadas regularmente para evitar que sequem. Plante-as num talhão do viveiro.
FIGURA 4
Plantação de podas de batata-doce
FIGURA 5
Plantação de podas de mandioca
Bolbos e tubérculos
Os bolbos e os tubérculos constituem outros tipos de materiais de plantação. Exemplos de culturas alimentares multiplicáveis utilizando bolbos e tubérculos são a cebola, o inhame, a matabala, a batata-doce e outras espécies locais de menor importância.
A parte da planta utilizada para a multiplicação depende do tipo de planta e das circunstâncias. Ao contrário das podas, a parte comestível do bolbo e dos tubérculos é quase sempre utilizada como material de plantação.
Disponibilidade do material de plantação
Muitas vezes não há outra alternativa senão a de utilizar material vegetativo de plantação para multiplicar as plantas que, com o tempo, perderam a sua capacidade para produzir semente (por exemplo, batata-doce, inhame, matabala). Contudo, a duração de conservação do material vegetativo de plantação é muitas vezes um problema para as culturas sazonais. Os horticultores têm de encontrar maneiras de garantir que há materiais de plantação quando são necessários. Os agricultores engenhosos e os investigadores encontraram soluções para este problema, que podem ser úteis para os horticultores. Duas destas soluções são a multiplicação de inhames por mini-tubérculos e a multiplicação de cebola por mini-bolbos.
Multiplicação de inhames por mini-tubérculos. Plantar os tubérculos com cerca de três a cinco pontos de germinação (olhos) próximos uns dos outros num canteiro de sementeira Quando se tiverem formado rebentos e raízes, separar cuidadosamente as plantinhas novas dos tubérculos mãe, cortando a parte do tubérculo a que cada planta está agarrada. Cubra a superfície do corte com cinza para prevenir ataques de bactérias ou de fungos e depois plante as novas plantas no seu local definitivo. Este método, criado na Nigéria, tem sido utilizado com êxito em muitas outras regiões de África.
Multiplicação de cebola por mini-bolbosSe não houver sementes de cebola, cortar um bolbo de cebola em duas partes, no sentido horizontal. A parte superior do bolbo pode ser consumida, e a parte inferior será utilizada como material de plantação. Para evitar ataques de bactérias ou de fungos, deve-se tratar a parte cortada com cinza. Este material de plantação deve ser plantado num canteiro de sementeira. Se não for plantado imediatamente, pode ser guardado por alguns dias num local fresco, antes da plantação. Os bolbos plantados irão produzir imediatamente diversas cebolas pequenas, que se podem separar e utilizar como plântulas. Se houver escassez de água ou se a estação das chuvas tardar, estas plântulas podem ser deixadas durante algum tempo agarradas ao bolbo mãe. Este método tem sido utilizado no Norte do Gana e na Etiópia.
A MULTIPLICAÇÃO DE ÁRVORES E DE ARBUSTOS
As árvores e os arbustos podem ser multiplicados a partir de material vegetativo de plantação, bem como de sementes. Só se devem utilizar sementes maduras. Algumas sementes requerem um tratamento especial para poderem germinar. Podem-se também obter novas árvores ou arbustos utilizando podas ou broto (rebentos novos), por mergulhia, em arcos e através de muitas outras técnicas. O agente local de divulgação agrícola pode aconselhar os horticultores sobre as árvores e os arbustos adequados para multiplicação na região.
A poda
As podas podem ser feitas com raízes ou com rebentos folhosos ou resinosos. As podas são plantadas bem juntas em canteiros de areia húmida. Quando as raízes e os rebentos se desenvolverem a partir dos nódulos, originando novas plântulas, podem-se transplantar estas últimas. As árvores de fruto que raramente produzem sementes (por exemplo, a fruta-pão) propagam-se deste modo.
Mergulhia aérea
Na técnica da mergulhia aérea, provoca-se a formação de raízes fazendo uma incisão ligeira num rebento ainda agarrado à planta mãe. Para utilizar esta forma de multiplicação, escolha um ramo em desenvolvimento e que tenha grandes brotos. Retire uma tira de casca junto dos brotos. Cubra esta parte cortada com um material húmido, por exemplo musgo ou algodão, e tape com plástico transparente. Quando as raízes se formarem, corte o ramo e plante a nova planta, de preferência num recipiente feito de folhas de bananeira ou outro material de cestaria. As árvores como o cajueiro podem multiplicar-se deste modo.
Mergulhia em arcos
Esta técnica consiste em dobrar até ao solo ramos de árvores de fruto ou arbustos que tenham as características desejadas. Estes ramos fixam-se ao solo com estacas e cobrem--se parcialmente com terra. As raízes irão desenvolver-se a partir dos rebentos cobertos com terra. Assim que o ramo estiver separado da planta mãe forma-se uma nova planta. O cajueiro é muitas vezes multiplicado deste modo.
A multiplicação com rebentos
As plantas como o ananás ou a bananeira multiplicam-se a partir dos rebentos que a planta produz. Retiram-se os rebentos da planta mãe e deixam-se a secar durante cerca de 2 dias antes da plantação. O rendimento das jovens árvores obtidas deste modo pode muitas vezes ultrapassar as necessidades domésticas, podendo vender-se o excedente.
A enxertia
As árvores de fruto e as árvores de frutos secos são muitas vezes multiplicadas à escala comercial, com uma combinação de sementes e de material vegetativo. Semeie a semente para obter raízes saudáveis e utilize o material vegetativo para obter a variedade desejada. O material vegetativo pode então ser sobreposto às raízes por um processo designado enxertia. As plantas obtidas por enxertia têm raízes vigorosas; em comparação com as árvores não enxertadas, as árvores enxertadas produzem frutos maiores e mais doces, mais resistentes ao calor.
Para a enxertia é absolutamente necessário que a planta mãe seja saudável. É desejável pedir a opinião e os conselhos de um especialista. As plantas enxertadas precisam de mais cuidados iniciais, mas no fim dão melhores resultados. Poucos horticultores têm a formação e as competências que esta operação requer. Contudo, um horticultor que saiba enxertar pode produzir material de plantação, não só para a sua quinta, como também para toda a comunidade. A utilização desta técnica pode proporcionar a obtenção de rendimentos substanciais.

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