quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Cana - Plantio, a importância da calagem, gessagem e fosfatagem



Plantio, a importância da calagem, gessagem e fosfatagem

O manejo da cultura da cana-de-açúcar é muito complexo no contexto de melhorar a produtividade agrícola, uma vez que a cultura necessita de alto investimento no plantio e é neste momento que começa o planejamento em busca de longevidade, produtividade e qualidade do canavial. A prática da calagem, gessagem e fosfatagem são fatores importantes para buscarmos o máximo de resposta de produtividade de uma variedade uma vez que o clima não tem como manejá-lo e sim nos prepararmos através de práticas agrícolas para melhor contornar os fatores climáticos indejesáveis a cultura da cana-de-açúcar.

O manejo inadequado do solo pode, ao longo do tempo, trazer sérias conseqüências, exaurindo-o de suas reservas orgânicas e minerais, transformando-o em terras de baixa fertilidade e erodindo grande parte do solo podendo tomar a área imprópria para o cultivo (Andrade,1982).

Itens importantes na propriedade agrícola para a produção de cana-de-açúcar é calcário e gesso, para obtermos uma exploração maior das raízes das em profundidade e maior volume de raízes em função do calcário e gesso conterem em suas respectivas composição o elemento cálcio para o desenvolvimento e crescimento das raízes (figura 1 e 2). Com a fosfatagem fornecemos o elemento fósforo de maneira mais equilibrada e continua para a planta.



Lembrando que doses de calcário e gesso devem obedecer às necessidades segundo análise de solo.

Com as práticas corretivas obtemos um melhor sistema radicular, que conseqüentemente haverá uma melhor absorção de água e nutrientes pelas plantas, assim plantas nutridas adequadamente e melhor resistência a seca. A calagem e gessagem impedem das plantas absorverem Alumínio, que é um nutrien-te tóxico para as plantas diminuindo o sistema radicular das mesmas. Outro item importante esta no aproveitamento dos fertilizantes aplicados na formação e manutenção do canavial. Com a calagem ocorre a correção da acidez do solo, melhorando o aproveitamento dos fertilizantes, que quando aplicamos fertilizantes com pH baixo perde-se até 50 % dos fertilizantes porque a planta não consegue aproveitá-los, conseqüentemente dinheiro perdido e baixa produtividade onerando os custos de produção, na tabela 1 mostra as perdas de fertilizantes em função de pH baixo no solo.

TABELA 1
Estimativa de variação percentual na assimilação dos principais nutrientes pelas plantas, em função do pH do solo. (PNFCA, 1974 EMBRAPA, 1980)


O ideal para uma planta se desenvolver o pH precisa estar na faixa de 6,5 portanto vamos ao um exercício rápido:
Plantio de cana-de-açúcar em solo com pH na faixa de 5,0 com recomen-dação de adubação de 500 kg por hectare do fertilizante 04-20-20 (NPK) no preço de R$ 1.015,00/tonelada, terá um custo de fertilizantes no plantio de R$ 507,50/há em pH 5,0 do solo, na média a planta aproveitará apenas 46% do fertilizante, portanto perda financeira de R$ 274,05/há e perda em produtividade devido à planta não conseguir absorver nutrientes necessários para a produção de colmos, comprometendo todo o ciclo da cultura.

FOSFATAGEM
O elemento fósforo é o nutriente que mais limita a produção agrícola reduzindo crescimento da planta, diminuindo a quantidade de perfilhos com menor desen-volvimento radicular e conseqüentemente menor absorção de nutrientes e a sua deficiência também proporciona menor qualidade do caldo.

A fosfatagem deve ser realizada em área total, incorporado superficialmente (grade niveladora) ou sobre a palhada na época pré-plantio, após calagem e gessagem.

A quantidade de fósforo a ser aplicado é determinada pela análise de solo e desta quantidade 1/3 da dose é aplicada em sulco de plantio e 2/3 é aplicado na fosfatagem.

A tabela 2 mostra os benefícios da fosfatagem em relação à produtividade.


Na tabela 3 deixa bem claro os benefícios do uso de calcário no aproveitamento do fósforo e as respostas em produtividade.

Informativo Olicana - www.olicana.com.br

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