II parteCarolina Gurgel
"Fugaz como as rosas de Malherbe..."
Todo mundo já ouviu essa citação, mas alguém sabe por que se diz isso?Um poeta e escritor francês, François de Malherbe, escreveu esses versos, ao morrer, mocinha ainda, a filha de um amigo seu:
...e, rosa, ela viveu o que vivem as rosas...o espaço de uma manhã.
Eu também não sabia disso, e consultando aqui os meus alfarrábios, para checar umas coisas, encontrei essa estória. Vivendo e aprendendo!
Vamos continuar plantando as "princesas".
Se você encomendou rosas pelo correio, ou comprou mudas em quantidade, provavelmente elas vieram com as raízes nuas. BRRRR, que frio!
Vamos lá... Assim que elas chegarem, desembrulhe e coloque suas raízes num balde com água e um pouco de terra (mas só as raízes). Elas podem ficar nesse "molho" por até 24 horas, se não ficarem no sol ou no relento.
As covas estão prontas, o espaçamento perfeito, então... Abra aquela cova de 50x50, volte com a terra fofa, fazendo um cone no centro da cova, que vai servir de apoio para as raízes (como uma casquinha de sorvete de cabeça para baixo). Se a roseira , em vez de uma saia de raízes, tiver uma big raiz no meio e só uma ou outra pequena em volta, tudo bem, não precisa achar que mandaram um "roseiro" por engano. Apenas faça um furo no meio do cone e acomode a grandona lá dentro. Se não couber direito, nunca corte as raízes, mas aumente o espaço para que elas fiquem bem confortáveis.
O nó do enxerto, que é bem visível, deve ficar no nível do solo. Os puristas dizem que: em lugares de clima muito frio, ele (o nó) deve ficar 2,5 cm abaixo e em clima quente 2,5 cm acima, mas não acho que seja o caso do Brasil, então não vamos arriscar nem complicar.
Coloque um pedaço de madeira sobre a terra, passando sobre o buraco e você vai achar o lugar perfeito para o bendito nó, ou seja, mais ou menos na altura da terra. Continue a encher a cova, devagar e com carinho, e de vez em quando, aperte com os pés (os seus) a terra em volta da muda. Mas, cuidado, não vá amassar as raízes!!!
Quando estiver no estágio "quase" (faltando uns sete cm para encher de terra), pare um pouco e estique as costas - e encha o buraco de água. Quando ela sumir, complete a terra e cubra a cova com uma cobertura morta (ela vai proteger as raízes do calor, do frio, das ervas daninhas etc.), podendo ser de cascas de arroz, amendoim, palha de milho, serragem etc.
Junto ao nó vão aparecer gemas (não de ovo, mas pequenos caroços) de onde vão sair os ramos das roseiras enxertadas e logo, logo, galhos e lindas rosas. Se algum galho xereta, do cavalo, aparecer lá em baixo, antes do nó, corte fora: ele só serve para tirar a força da planta. Depois é só regar, regar e regar (não deixe ficar seca nem afogue!) e cruzar os dedos com fé.
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